Ler (não) é uma seca
Ler (não) é uma seca, de Raquel Medeiros
Sinopse: “Foi então que se desenhou naquela página um caminho muito longo e estreito em terra que parecia não ter fim. Ele seguiu na sua direcção para descobrir onde iria dar. Atravessou uma floresta muito escura e assustadora onde não via nada além das árvores enormes que faziam sombras estranhas com os seus galhos e pareciam que o observavam. Já estava a ficar cansado de tanto andar quando deu por ele em frente a um portão muito velho e alto. Teve de empurrá-lo com muita força, pois era muito pesado. Do outro lado estava um castelo e por trás ao fundo a luz da lua redonda e branca mostrava pequenos morcegos a esvoaçarem.”
Opinião: Sou da opinião que a leitura não deve ser forçada nos jovens, antes incentivada através de bons exemplos em casa e na escola e da disponibilização de livros em bibliotecas públicas e privadas, para que lhes possam ter acesso sempre que assim o desejarem. Também sei que falar é fácil e, por vezes, por mais que se tente, a criança/jovem não tem mesmo empatia com a leitura. Mas até lá, não custa ir tentando.
A ideia base deste livro infanto-juvenil é colocar uma personagem com a qual os jovens mais arredados da leitura se possam identificar a ter uma série de aventuras por causa de um livro. Baltazar é aquele miúdo que adora ver tv e jogar Playstation, mas que não sente qualquer vontade de se deixar levar pela leitura. Até que um dia, num passeio com a mãe, entra numa livraria onde existe um livro mágico que lhe permite ser todos os Baltazares que ele deseja.
Ainda que não tenha achado Ler (não) é uma seca muito original na forma como escolhe transmitir a sua mensagem, tem o mérito de a querer transmitir: a leitura é uma forma inigualável de viver vidas que de outro modo não poderíamos viver.
Célia
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