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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Maus: a História de um Sobrevivente, de Art Spiegelman

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  Maus: a História de um Sobrevivente, de Art Spiegelman Tá aí uma graphic novel pra nenhum hater de HQs olhar de cara feia.  Maus  é aquele livro que você provavelmente já viu na livraria com alguns ratos desenhados na capa e um símbolo nazista no fundo com a cara de um gato com bigode na frente. Se não viu ainda, vale a pena total. Essa é uma resenha apenas do livro um porque foi o único que comprei até agora, mas geralmente dá pra achar ele fácil com as duas partes completas. Antes de se tornar um livro único, os capítulos de  Maus foram publicados na revista Raw, desde 1980 até 1991, que depois foram compilados em dois volumes. A história gira em torno de Art entrevistando seu pai, Vladek, durante vários dias, sobre a história de sua vida. Isso porque Art é um escritor de graphic novels e há um tempo já queria escrever sobre a história de seu pai durante a guerra. Caso não tenha ficado claro, Art Spiegelman, o autor do livro, é o próprio Art Spielgman...

O Incrível Livro de Hipnotismo de Molly Moon, de Georgia Byng

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O Incrível Livro de Hipnotismo de Molly Moon, de Georgia Byng  “O incrivel livro de hipnotismo de Molly Moon” foi escrito pela autora Georgia Byng – editora Record – fala que a vida de Molly Moon não é nada fácil. Ela e órfã, desengonçada e mora no sombrio Lar Vidadura, no interior da Inglaterra,desde que foi achada quando ainda era um bebe. Para piorar, ela e constantemente castigada pela Srta. Viborípedes , a cruel diretora do orfanato, que a faz limpar os banheiros do orfanato com sua própria escova de dentes. Os outros moradores também não ajudam muito a péssima cozinheira Helga,a malvada Hazel, o valentão Gordon, a enxerida Jens, a irritante cadelinha Petula. Todos eles fazem de tudo para magoar Molly, la, ela só pode confiar com seu fiel amigo Rock, com que adora brincar de fazer imitações de famosos comerciais de TV ( o livro tem 365 paginas e 39 capítulos). Molly sempre teve uma vida cheia de encrencas e o único consolo de sua vida era seu melhor amigo Rocky, certo...

Quinze frases de Machado de Assis

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Quinze frases de Machado de Assis  1) Os adjetivos passam, os substantivos ficam. 2)  Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular. 3) Marcela amou−me durante quinze meses e onze contos de réis. 4)  Sua alma era uma fonte de duas bicas, vertia mel por uma e vinagre por outra. 5) Coelho tinha mais ambições que dinheiro, e não há pior situação que a de um homem cujo espírito está acima das algibeiras. 6)  Que importa o tempo? Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos. 7) O amor é uma carta, mais ou menos longa, escrita em papel velino, corte−dourado, muito cheiroso e catita; carta de parabéns quando se lê, carta de pêsames quando se acabou de ler. 8)  O amor contrariado, quando não leva a um desdém sublime da parte do coração, leva à tragédia ou à asneira. 9) As aparências enganam; foi a primeira banalidade que aprendi na vida, e nunca me dei mal com ela. 10)  A beleza é como a bravura; vale mais se não a me...

Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares

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Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares                                                       Almir Leandro   “ Jerusalém  é um grande livro, que pertence à grande literatura ocidental. Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos: dá vontade de lhe bater!” – José Saramago ao entregar o Prêmio Saramago ao melhor romance de 2005. Devo admitir,  Jerusalém  mereceu esse prêmio e Tavares conseguiu me conquistar fácil com a sua escrita. Primeiro que, entrando no campo autor – por falar nisso, alguém sabe o que é esse M. no meio do nome do rapaz?? -, Tavares desde novo escrevia todos os dias. Ou seja, embora só tenha publicado em 2004,  Jerusalém  foi escrito à mão pelo jovem muitos anos antes, assim como outros livros da série. Sim, esse livro é o terceiro da série  O Reino  e sim, c...

Histórias de Cronópios e de Famas, de Julio Cortázar

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Histórias de Cronópios e de Famas, de Julio Cortázar Almir Leandro   Esse foi um dos poucos livros do gênero que já me aventurei, e Cortázar já entrou na minha categoria de melhor contista (desculpa Helena Parente Cunha). O gênero ao qual me refiro é o  gênero fantástico , ou seja, nas palavras do próprio Cortázar em outro livro seu: “que se opõe a esse falso realismo que consiste em crer que todas as coisas podem ser descritas e explicadas, dentro de um mundo regido mais ou menos harmoniosamente por um sistema de leis, de princípios, de relações de causa e efeito, de psicologias definidas, de geografias bem cartografadas.” De forma que você pode esperar qualquer coisa saindo de um conto desse cara. Ele mistura o real com a fantasia, brinca com os objetos rotineiros de casa e cria monstros e seres impossíveis. Tudo isso mas sem que a gente perca a noção do que estamos lendo. Ou seja, você está lendo um conto chamado “Instruções Para Dar Corda No Relógio” mas pensa...

Melhor filme de animação / nomeados

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Na categoria de  Melhor Filme de Animação , temos  The Breadwinner , adaptação do livro homónimo de Deborah Ellis;  The Boss Baby , inspirado no livro de Marla Frazee; e Ferdinand, inspirado em  A História de Ferdinando , de Munro Leaf ( Kalandraka  | 2016). Matéria completa aqui, gracinha de blogue  http://www.estantedelivros.com/2018/01/livros-nos-oscares-2018.html

Introdução à escrita criativa

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                                                    A obra de  João de Mancelos ,  Introdução à Escrita Criativa , Edições  Colibri ,  5.ª edição, 2017, é um  livro  que ensina como chegar à inspiração e criação de histórias de  suspense , com heróis edificados com papel e tinta, que passeiam em paisagens fantásticas, plenas de realismo, onde as personagens dialogam naturalmente em contexto histórico, agarrando o leitor da primeira à última página num deleite avassalador. A sugestão de técnicas simples, acompanhada de exercícios úteis, com o objetivo da construção da aventura que é escrever um livro, é-nos apresentada pelo autor num discurso acessível e estimulante. Discorrem instruções com este objetivo, começando por se explicar o que é a escrita criativa, como se deve preparar para a escrita, referindo-se à arte de...

Ler (não) é uma seca

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Ler (não) é uma seca, de Raquel Medeiros Sinopse:  “Foi então que se desenhou naquela página um caminho muito longo e estreito em terra que parecia não ter fim. Ele seguiu na sua direcção para descobrir onde iria dar. Atravessou uma floresta muito escura e assustadora onde não via nada além das árvores enormes que faziam sombras estranhas com os seus galhos e pareciam que o observavam. Já estava a ficar cansado de tanto andar quando deu por ele em frente a um portão muito velho e alto. Teve de empurrá-lo com muita força, pois era muito pesado. Do outro lado estava um castelo e por trás ao fundo a luz da lua redonda e branca mostrava pequenos morcegos a esvoaçarem.” Opinião:  Sou da opinião que a leitura não deve ser forçada nos jovens, antes incentivada através de bons exemplos em casa e na escola e da disponibilização de livros em bibliotecas públicas e privadas, para que lhes possam ter acesso sempre que assim o desejarem. Também sei que falar é fácil e...

O menino só

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Entendendo o autismo       Cada criança tem suas necessidades e características próprias. Mas, isso não quer dizer que todas as especificidades podem ser banalizadas ou justificadas pela individualidade. É preciso estar atento aos sinais, pois, um grupo de comportamentos pode caracterizar, por exemplo, o distúrbio do “espectro autista”. O  Autismo  (Transtorno do espectro autista – TEA), está incluso no Manual de Transtornos Mentais (DSM), desde 1980. Na última publicação, o DSM-5,  o autismo é descrito com uma série de sintomas  que se manifestam, principalmente, no campo das  interações sociais , isto é, nas relações que os pequenos estabelecem com outras pessoas ou até mesmo com o ambiente que os cercam. Outro sintoma recorrente também se dá no âmbito da  comunicação,  apresentando dificuldades na fala e no contato, esses sintomas se esbarram em fatores no campo dos  comportamentos , que podem ser repetitivos. O menino...

A Invenção de Hugo Cabret

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A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick O livro conta a jornada de Hugo Cabret, um menino órfão que mora em uma estação de trem parisiense, nos anos 30. Seu trabalho se resume na manutenção do relógio de estação, porém a tarefa que lhe tem maior dedicação é completar a construção de um autômato ―uma espécie de robô à manivela ― dado pelo seu pai. Junto de sua mais nova e única amiga, Isabelle, sobrinha do rabugento   vendedor de brinquedos, Hugo embarca em uma gigante aventura em busca de respostas para suas inúmeras perguntas. O livro tem um desenvolvimento bem diferente dos livros “comuns”. Como é recheado de ilustrações, dá um ritmo diferente para a história: parece que estamos assistindo a um filme de papel. A história muito bela, trata de um assunto que interessa a muita gente:  o cinema.  Os personagens são muito carismáticos, e toda a trama e mistério que o au...

O livro dos Vilões

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O Livro dos Vilões, de (Vários autores) Se você não gosta de princesas e sim de grandes vilões, esse livro foi feito para você, com as princesas em versões más, sim foi o que você entendeu,  ” mostra um lado não muito divertido das princesas, mostrando que nem sempre elas são adoráveis e tratam os outros como iguais. São quatro contos escritos por: Cecily Von Ziegesar por “#stepsisters — Sobre sapatos e selfies”, Carina Rissi por “Menina Veneno”, Diana Peterfreund por “Quanto mais afiado o espinho” e Fábio Yabu por “A Menina e o Lobo (Editora Galera-). Este livro não é tão bonzinho como seu antecessor, onde nele você vê que nem todas as princesas dos contos de fadas são perfeitas, onde a Cinderela maltrata suas irmãs e Branca de Neve não se importa com os outros além de si mesma. Abaixo comparando: o livro das princesas X o livro dos vilões Comparando contos: Cinderela boa X Cinderela má: 1.        Cecily von Ziegesar...

Monteiro Lobato

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Monteiro Lobato Um estudo de A chave do tamanho Thiago Alves Valente , Marisa Lajolo Neste livro, Thiago Alves Valente faz um percurso panorâ­mico e histórico da fortuna crítica de A chave do tamanho, de Monteiro Lobato, configurando um quadro por cujas lacunas pretende caminhar. Ao organizar os vários estudos críticos por eixos temáticos (ideologia, pensamento filosófico, cientificismo, questões estéticas), o autor constata que há a "necessidade de empreender uma análise textual em que os elementos estrutu­rais da narrativa possam ser compreendidos sem sua funcionali­dade na construção da obra". Com esse intuito, Valente realiza um confronto entre as modificações feitas por Monteiro Lobato nas várias edições do livro para, em seguida, apresentar com rara originalidade sua crí­tica desse texto lobatiano, comprovando, por meio de elementos que estruturam a narrativa, de que modo os temas centrais da obra de Lobato estão articulados na criação literária. http:/...
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A desconstrução do construtivismo na educação Crenças e equívocos de professores, autores e críticos Cilene Ribeiro de Sá Chakur A autora faz aqui a defesa da teoria de Piaget e aponta os descaminhos dessa teoria no âmbito educacional, esclarecendo, além de rebater, as principais críticas que se faz a ela. Para isso, levanta e discute ideias comumente encontradas em textos educacionais “ditos construtivistas”, artigos e obras de seus críticos e, ainda, nas concepções que emergem no discurso de professores, buscando identificar equívocos, distorções e congruências. O principal objetivo da autora é mostrar como o Construtivismo tem sido “desconstruído” na área educacional e recolocar a teoria piagetiana em seus espaços próprios – os da Epistemologia e Psicologia. Ela procura analisar as concepções que considera falsas ou simplesmente desvirtuadas sobre o Construtivismo no âmbito educacional a partir do interior da teoria, ou seja, recorrendo a argumentos que se apoiam nos “pro...
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O romance policial místico-religioso Um subgênero de sucesso Fernanda Massi De sde o século XIX, com o célebre detetive Auguste Dupin, de Edgar Allan Poe, e a extensa cadeia de personagens e narrativas de mistério que em maior ou menor medida descenderam dali – passamos, nesse prolífico percurso, por Conan Doyle, Agatha Christie, Raymond Chandler, só para citar alguns autores –, o gênero policial foi se consolidando e, enquanto expandia progressivamente seu público, matizava-se e assumia novas formas. Este estudo, fruto de longa pesquisa a partir dos livros mais vendidos no Brasil no início do século XXI, debruça-se sobre o romance policial “místico-religioso”, subgênero definido por Fernanda Massi que se distancia um pouco das características tradicionais do romance policial: nessas tramas, o crime se conecta a um segredo ligado a um núcleo místico-religioso, em geral protegido por uma sociedade fechada e secreta às voltas com o que ela supõe ser um inimigo ameaçador. O...
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A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado. A morte de Quincas Berro D’Água causa variados sentimentos em todos que o conhecem. Seus familiares ficam aliviados e seus amigos desolados. Assim que é comunicado a filha trata de providenciar um enterro digno ao pai, mesmo ele tendo abandonado a família dez anos antes. Ela quer leva-lo para casa para que ele tenha um enterro digno, mas o marido logo abre os olhos da mulher dizendo que todos riram deles. O Caso é que para a maior parte dos conhecidos Quincas já está morto, inclusive os netos. Sendo assim decidem leva-lo ao cemitério no outro dia, bem arrumado e em um bom caixão. Quincas Berro D’Água fica sendo velado na sua casa perto do porto. Os amigos sabendo da morte correm para prestar as ultimas homenagens. Tudo corre normalmente até que o irmão de Joaquim decide ir embora descansar e deixa o corpo com os amigos e dinheiro para comprar bebida. Nem depois da morte Quincas Berro D’Água perde seu sorriso contente...

Hai-Kai e as possibilidades da poesia aleatória

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Selfentrevista com Joba Tridente EU:   Há alguma que gosta mais de trabalhar? JT:  Agora você me pegou! Cara, não sei dizer. Acho que depende do rendimento com os oficinandos. Quando há entrega do público, qualquer uma dela flui que é uma beleza. Gosto muito quando o oficinando descobre as possibilidades da  Poesia Aleatória  e ou do  Hai-Kai , seja uma criança de sete, oito anos ou um octogenário. Fico extasiado com a reinvenção dos bonecos e ou brinquedos propostos..., admirado com as colagens da  Arte Postal  e até estarrecido com as composições espontâneas na  InterAtiviade . É difícil, dizer uma, já que todas provocam sensações e resultados inusitados. EU:   E perguntando assim: Hai-Kai Sem Compromisso ou Poesia Aleatória? JT:  Ah, piorou! Elas até podem parecer diferentes na proposta e no propósito, mas têm algo em comum no resultado criativo. Por exemplo, com  Hai-Kai Sem Compromisso  a gente vai ...
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Vai ou Racha [Diário de um Banana #11], de Jeff Kinney Autor:  Jeff Kinney Editora:  V&R Capítulos:  Indeterminado Páginas:  218 Sinopse: A pressão só está aumentando para Greg Heffley. A única coisa que ele é realmente bom é em jogar videogames, mas seus pais quer que ele expanda seus horizontes fazendo algo – qualquer coisa! – diferente. Quando Greg encontra uma filmadora antiga em seu porão, ele acredita ter descoberto exatamente o que precisava para provar que é muito talentoso. Com a ajuda de seu melhor amigo, Rowley, ele planeja fazer um filme de terror… e ficar rico e famoso. Dessa vez, vai ou racha!! Mas será que fazer um filme é um plano inteligente? Ou seria só mais uma receita de desastres para Greg? http://resenhasdelivros.com/vai-ou-racha-diario-de-um-banana-11/ Emily Damascena